História

Revolução Francesa


Comemoração da queda da Bastilha 14 de julho de 1789, marco inicial da Revolução Francesa


         Segundo o historiador Erick Hobsbawn a Revolução Francesa foi para o campo político aquilo que a Revolução industrial foi para o campo econômico: fixou as bases de funcionamento do atual universo capitalista dando início ao mundo contemporâneo, para Hobsbawn, trata-se do modelo clássico de revolução burguesa que destruiu o chamado Antigo Regime, extinguiu os resquícios feudais, acabou com um modelo de organização política e social baseada nos privilégios de nascimento e posição social e colocou a burguesia no poder, surgiu assim a construção de uma nova ordem social liberal, burguesa.
         No século XVIII a França constituía  a mais tradicional monarquia absolutista da Europa e o poder estava concentrado nas mãos do rei Luís XVI da dinastia Bourbon, todavia o governo desse rei apresentava sérios problemas e em lugar havia gastos excessivos em atividades e serviços como guerras, construções de templos e palácios; existia uma burocracia  estatal corrupta e ineficiente; a diplomacia do rei em relação as aspirações populares era enorme.
          Na economia a França comprada como a Inglaterra era um país atrasado, a agricultura ainda era a base fundamental da economia e a maioria da população vivia e trabalhava nos espaços rurais.
        Outro ponto importante da economia francesa era a forte presença do mercantilismo. O estado interferia demais na economia com um excesso de Luís regulamentos e proibições. Ao final do século XVIII verifica-se que a sociedade francesa vivenciou  profundas desigualdades sociais em teremos de hierarquia social. A França estava dividida em três estamentos resquícios da sociedade feudal.
          O 1º estado formado pelo alto clero e reunia bispos, abades, oriundos e famílias nobres. Havia também neste estado o baixo clero formado por sacerdotes pobres.

               O 2º estado era composto  somente pela nobreza.
 O 3º estado composto pela burguesia, formada por grandes banqueiros, os camponeses formavam outro grupo social que era constantemente submetido a várias formas de explorações. Enquanto os dois primeiros exilados desfrutavam dos benefícios dos privilégios e mordomias. O terceiro estado era cada vez mais explorados pelas elites além disso  esse grupo não tinha direitos políticos e ainda era impedido de ocupar cargos públicos importantes.Desde a época do Rei Luís XIV (1643-1715), a frança já apresentava claros sinais de decadência financeira. Pelo fato de as despesas serem sempre maiores do que a receita e de os sucessivos governos não tomarem nenhuma providência para conter os gastos exorbitantes do reino.O governo gastava muito, a situação financeira ficava cada vez mais caótica.

Luís XVI não era considerado um grande administrador, mas tinha consciência que as coisas não iam bem, então, convocou três ministros de competência reconhecida eles são: Turgot, Necker e Calonne. Esses três ministros deram o mesmo diagnóstico: o governo precisava, cortar os gastos, arrecadar mais etc. Turgot e Calonne insistiam que o clero e a nobreza deveriam pagar impostos. Diante da Pressão das elites apegadas a seus privilégios,  ocorreu  uma revolta dos nobres, a Rebelião Nobiliárquica contra a pressão de mudanças. O rei apelou, então, para uma última instância e Convocou a Assembleia dos Estados Gerais. Essa Assembleia era formada pelos três estados, o objetivo era analisar a situação e encontrar soluções para a crise financeira no país. O interesse dos dois primeiros estados, derrotavam qualquer proposta do terceiro, pois as decisões eram tomadas por votação e o voto era por Estado. Por isso o Terceiro Estado Reivindicava o voto individual, e não por Estados. O Rei Luís XVI acabou demitindo Jacques Necker. Para o povo Necker era o único reformista capaz de mudar a economia do país, inconformados e sem controle, os franceses assaltaram os armeiros e se apossaram das armas. Não satisfeitos, os amotinados resolveram invadir um dos maiores símbolos do despotismo: A Bastilha.
No momento da invasão, os guardas não conseguiram conter o povo. O governador da Bastilha, o marquês de Launay, tentou negociar, mas não teve sucesso. Os revolucionários, indignados, abriram fogo contra os soldados e decapitaram Launay. O confronto durou aproximadamente quatro horas, e o maior símbolo do absolutismo foi totalmente destruído. Esse episódio teve um efeito eletrizante, a notícia espalhou-se por toda a Europa. Era primeira vez que um símbolo do poder monárquico era destruído pelo povo. Enquanto os franceses tomavam as ruas de Paris, no campo a situação não era diferente. Os camponeses invadiram o castelo e mataram alguns nobres. Esse acontecimento ficou conhecido como  Grande Medo . Frente à desordem que atravessava o país, a Assembleia dos Estados Gerais foi convertida em uma Assembleia Nacional Constituinte, e o rei, a nobreza e o clero começaram a perder o controle político do País. Era o início da Revolução Francesa.
Fases da Revolução
A Revolução Francesa foi marcada por etapas, a primeira ficou conhecida por Fase da Assembleia  Nacional Constituinte (1789-1792). O objetivo básico dessa Assembleia Nacional era a elaboração de uma constituição para o país.  Assim, a Monarquia Absolutista foi substituída por uma Monarquia Constitucional  em que a lei estabelecia claras limitações ao poder do rei.
Também, nessa fase, se estabeleceu a  Constituição Civil do Clero pela qual os padres, bispos e cardeais ficavam submissos à autoridade do governo francês, inclusive recebendo salários do Estado.
Outra importante realização desse período foi a elaboração e a aprovação da  Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (6/8/1789).


Nenhum comentário:

Postar um comentário